Síndrome do Impostor ou Fenômeno do impostor
Você sente?
Insegurança em relação às próprias competências ou capacidades, medo de se candidatar a promoções ou se expor publicamente, insegurança ao apresentar seu trabalho ou tarefa, sensação de que suas conquistas são fruto de sorte, tudo que consegue é facilitado por alguém.
Que tal refletirmos sobre isso? Será síndrome do impostor?
A sensação de ser um impostor no trabalho não é reconhecida como doença, portanto não podemos falar em Síndrome. Mais preciso,é o termo “fenômeno do impostor”.(Pauline Rose Clance e Suzanne Imes em 1978). Chamar essa sensação de síndrome, aliás, é colocar a culpa no indivíduo mas trata-se de sentimento generalizado, causado pelo mundo do trabalho. Esta época é marcada por cobranças de resultados e leva o nome de Culto da performance: “Estamos permanentemente sentindo a necessidade de estarmos no topo, de sermos admirados, de fazermos mais”. Num mercado com pouca mobilidade , com mudanças tecnológicas e amplo uso das redes sociais a insegurança , está sempre presente. É difícil não se comparar ao sucesso alheio. Imagine para quem se sente impostor, (uma fraude) ! Essa comparação é central. Esse fenômeno iniciou seus estudos relacionado a mulheres. Pesquisas atuais mostram que homens também apresentam o comportamento. A posição da mulher no mercado, porém, pode intensificar o sentimento. Isso não é uma síndrome: 99% das pessoas têm essa sensação.”
O que é ? O que fazer?
Pessoas que sofrem da síndrome do impostor na maior parte das vezes não conseguem aceitar elogios de outros. É necessário reconhecer que você tem muitos talentos e ter a humildade de compreender que você não sabe tudo e nem é bom em todas as coisas que faz. É fácil esquecer o que aprendemos e chegar onde chegamos. Compartilhar seus conhecimentos e experiências , é uma ótima dica para você rever sua trajetória e fazer que você se apaixone de novo pelo que faz. Ofereça aulas, escreva num blog pessoal e ensine outro profissional isso te lembrará de todas as suas realizações. Ter um hobby, fazer coisas que gosta é excelente para clarear as ideias. Ao realizar atividades que gostamos , nossa autoestima se eleva, aumenta nossa auto confiança. Se comparar à outras pessoas em casa, com amigos,no grupo de esporte ,no ambiente de trabalho e principalmente nas redes sociais ,é um dos “sintomas” mais comuns , nessa “Síndrome do Impostor”.
Finalizando
A dica mais importante é desligar-se um pouco das redes sociais para não cair na tentação de se comparar com os outros. Muitas vezes o que vemos não corresponde com a realidade. Acreditar em suas capacidades, pois se chegou onde está,você fez por onde. Reconhecer seu comprometimento com tudo que faz. Entender que você, suas experiências positivas ou negativas são só suas e fazem parte de seu desenvolvimento. Se mesmo depois de todos os esforços você continuar se sentindo como um impostor, é importante buscar apoio profissional Um psicólogo poderá ajudá-lo a superar a síndrome, que, se não controlada, pode causar problemas mais graves como depressão e ansiedade.
É preciso viver a sua vida, reconhecer suas competências e fragilidades, respeitar a sua história e sua experiência e acreditar que cada ser humano tem um jeito de ser.
Maria Cecilia Lago Vaiano